domingo, 13 de fevereiro de 2011

O pão de cada dia.

Crônica: Meu adorável Livro.
Era tarde chuvosa quando ele apareceu... De vasta simbologia, o personagem central desta crônica (ao longo do tempo) representou a Lei Divina da inteligência humana com todos os elementos constituintes do Universo, todos os mistérios envoltos à criação e o destino do homem, a religiosidade, a dominação de povos e a destruição de várias nações e tudo, registrados por palavras em um ‘’Livro’’.
Em: ’’O Livro de Eli’’ com Denzel Washington, uma Bíblia escrita em Braille era o infortúnio à guerra de um povo sem fé em um mundo árido pela escassez dos recursos naturais e por um sol devastador. No filme: ‘’ A História sem Fim’’ as peripécias e desventuras do jovem Atreyu para salvar Fantasia eram manipuladas pela leitura de um livro nas mãos de Bastian em mundo paralelo. Em várias obras Infanto-Juvenil, à exemplo, ele era instrumento de malévolas Bruxas , as quais, desejavam (como um senso-comum) a jovialidade e o poder eterno... E por falar em poder, São Cipriano praticamente criou o ‘’Livro das Trevas’’, no qual, continha suas orações e pactos com O Coisa Ruim mais conhecido do mundo: ‘’ O Livro da Capa Preta’’.
E assim, se fez nossa estória. A diferença que nossa heroína (e que heroína não tem nada) não tem uma Bíblia em Braille, mal conta historinha infantil e desconhece o temido São Cipriano. Porém, com coração nobre e cheio de vontade de cozinhar para os outros, ela tem um livro (outrora caderno) com folhas amarelas que só o tempo se encarregou de cuidá-las à mercê de secretíssimas receitas culinárias passadas de geração em geração ‘’ou melhor’’ de avó à neta para guloso nenhum botar defeito!
Por isso, para qualquer cozinheiro seu Livro de Receitas foi, é e será um companheiro atemporal de trabalho e sabendo disso, nossa heroína pega tudo e mistura com azeite, dendê e muito cheiro verde. Hum!
Enfim, mesmo não estudando em Harvard, mas em mãos um livro com folhas amarelas, nosso personagem torna nossas mesas mais suculentas, nossa heroína mais sábia, nossas sacolas mais cheias de biscoitos, nossos lares mais repletos de alegria e nossos amores mais empanturrados de comida. Afinal, uns são felizes vendendo banana e outros, comida. E viva o bom e velho Risoto da sala 08.
                                                                                                     Amorim. Em: 31/01/11.            

Um comentário:

  1. Este texto reflete a importância do PADEIRO em sua função diária de entregar o pão matineiro no percurso diário de todas as outras pessoas. Valorizá-lo ou não é uma reflexão que você fará com a leitura dessa crônica. Boa viagem!!!!!

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