sábado, 14 de maio de 2011

Pense nisso

Pense nisso

Existem duas maneiras de suprir o amor:
Amando e desamando!
Ou o que resta é a súplica completa do ódio.
Òdio quando amas?
Ama quando tem ódio...
Pra quê?
Onde se encontra essas maneiras?
No ódio e no amor!
Retrocesso?
Que louco! Apertei o gatilho!
Bum!!
                                                                                                                                  Amorim

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O sentido  da canção

A canção aqui não para e nem morre!
Porque quem  a canta, sente o sentido de cantar o sentido...
A voz é rouca e pausada, contigo!
Um carioquês, genuinamente, sem sentido.
Canta, como se o amanhã não fosse sentir
Pois, assim, como a amizade que nasce, a alma resplandece
E o cd agradece...
No sentido, melodicamente, sem sentido...
O soldado agradece
E o mestre exclarece:
‘’O sentido da canção que não para, mas só aparece.’’
E a canção agradece:
O sentido da amizade,
Que aqui resplandece!  

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Crônica: ''Fiquei Lost em Lost''

CRÔNICA: FIQUE LOST EM LOST

Fala sério! Mas, você entendeu o seriado “Lost”? Entendeu do início ao fim à ponto de explicá-lo com detalhes em uma rodada de amigos? Você foi fiel aos sobreviventes do vôo desabado naquela ilha para lá de Trash ou acabou se cansando e deixou de lado os coitados a “ver navios”?
Particularmente, eu não acompanhei como deveria e por isso não o entendi, mas não morro de inveja daqueles que torciam para Jack e companheiros encontrassem o caminho, o portal, a passagem, a macumba que fosse para voltar para a casa. Comparo Lost à Caverna do Dragão da década de 80, na luta incansável de Hank, Presto, Eric, Diana, Sheila e Bobby para retornar ao mundo real. Coitados! Até cogitaram algo na net sobre o possível “final” do desenho quando os jovens retornavam ao parque, mas eram só especulações...
Com tudo, por várias vezes “perdido” em Lost, sobressaio algo válido aos meus olhos de Professor de Letras quando me fixei aos inúmeros Arquétipos explorados no seriado. Se você não sabe o que é um, digo sobre um modelo rígido e eterno de impulsos ou comportamentos humanos, instintivos, que se formaram na origem dos tempos e permanecem latentes no espírito humano. À exemplo, uma Rosa vermelha é um arquétipos de Paixão, bem como um cavalo robusto representa a virilidade do macho, entre outros...
Lost não se perdeu em arquétipos, mas pecou na linha seqüencial das temporadas: O cenário era fabuloso: uma ilha “deserta” ora civilizada pelos “outros” ora medieval por estranhos moradores ora nem mesmo o autor sabia explicar...
Ilha é um arquétipo espiritual de imortalidade compreendida assim, em várias culturas. Os celtas, à exemplo, sempre representaram o “Além-Mar” sobre o prisma de uma Ilha onde viviam os Deuses Irlandeses que recebiam os navegantes. Todavia, chegar desabando em um paraíso perdido como no caso de Lost, significa que houve a fixação no chão à imortalidade dos passageiros ao Bel-Prazer no mais completo local de paz e silêncio longe do mundo profano. É para complementar, não podemos esquecer que toda Ilha é cercada por um Mar e ele é outro arquétipo representando a “Dinâmica da vida” e com o balançar das ondas que os personagens reviam seus passados e descobriam que todos já se conheciam antes da peça pregado pelo universo.
Os personagens em Lost além de se preocuparem com a própria sobrevivência e a privação da liberdade, corriam e morriam de medo de um “Bicho-Papão” em forma de “Fumaça Negra” com grito de monstro de filme barato que, pegava alguns personagens e arrastava-os para não sei bem onde... No penúltimo capítulo, foi explicado que a Ilha tinha uma gruma – “Treva” – iluminada e de lá, saia a maldita da fumacinha que arrepiava com a galera. Fumaça tem relação Céu e Terra na fumaça purificadora e no seriado, ela capturava os sobreviventes até a gruta ao sofrimento e daí a ascensão plena.
Outra observação é sobre Clair. A loirinha teve um filho na ilha e o moleque trouxe consigo a representação da Evolução psicológica, o retorno às origens  pueris, a regressão... A imagem do bebê de Clair no colo e aos cuidados por vários personagens representou esse retorno, à ponto de entender que todos – inconscientemente – já se conheciam.
Jack era Médico e era o personagem central em Lost. Tudo se voltava a ele, tudo tinha um link ou um retrocesso ao cara. Por quê? Jack era o SAMUR de todos os personagens. Por vários capítulos, era aparecia exercendo a Medicina até “morrer” sozinho (na Ilha) ao lado de um cão-labrador. Medicina é um arquétipo de sabedoria do corpo e da alma! No caso dos coitados da Ilha acredito que ele era o “CARA” que curava O SOFRIMENTO DE TODOS. Uma espécie de Deus.
Já que citei personagens, não posso deixar de confirmar as multi-nações entre eles. Americanos, Coreanos, Indianos... estavam no vôo e foram forçados a se comunicar vivendo em sociedade na Ilha. Neste feito, comparo a bíblica “Torre de Babel”, onde todos trabalhavam juntos e se comunicando em várias línguas. Língua é dominação e da forma como é proferida constrói ou destrói nações. Em Lost, ela era uma antítese entre vida versus morte, pois para alguns personagens ela era motivo de sobrevivência.
Com tudo, o seriado se apresentava por um fluxo de memória gritante! Lembrei de dois filmes que abusavam disso: Efeito Borboleta... e Os 12 Macacos com o Brad Pitt, onde as películas usavam o “rir e vir” de memórias que dava até náuseas!
E para fim, vi Lost por uma linha interpretativa embasada no kardecismo de Alan Kardec. Para mim, todos eram espíritos vagantes presos em um umbral. Os espíritos não tinham evoluídos porque estavam presos à matéria e por uma dívida terrena entre eles. Então nesta ora que se entende que os personagens já se conheciam e que por predestinação precisavam sofrer na tragédia para que eles (re)aprendessem as carmas astrais entre si. Então, a única fuga desse umbral seria as lembranças algo incontível ao homem.
O final de Lost, aos meus olhos, foi assim: “... as almas se encontraram em uma igreja e o pai de Jack abre as portas e uma luz amarela adentra o recinto. Todos se abraçam calorosamente e vão ao encontro da luz para o descanso eterno ou supostamente, voltar para casa”. Uma música emocionante envolve a cena e Lost se finaliza deixando-me uma abissal pergunta na cabeça: Do que se tratam o seriado?

Marcos Luis S. de Amorim

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma ‘’Coisa’’ em minha vida: Beijos, Blues e Poesia

‘’Eu lembro a cara que você fazia. Será que eu lembro o que não existia? Você dizia: Baby, I Love You!” Ah! Eu era Menino naquele tempo! Sentia que vida era diferente pois palavras tinham um toque de magia... Sentia!
Sentia uma ‘’coisa’’ que eu já sabia: a existência da última Poesia. Sentia que o Belo não era o Belo porque uma coisa o consumia... Sentia em um abraço uma coisa tão sucinta quanto os laços que nos unia! Sentia!
Sentia que a vida era uma coisa muita relativa, mas pouco isso eu não sabia! Sentia o choro do meu irmão e o afago que meu Pai fazia... Sentia uma coisa límpida em beijos blues que a mamãe daria. Sentia uma coisa que de dentro não saía! Sentia!
Sentia uma coisa que de Coisas eu não entendia! Sentia uma coisa lá no Infinito que na Origem não permitia... Sentia que Deus era Luz, mas o Mal perseguia. Sentia que o Tudo era tudo e o resto não se via... Sentia!
Sentia o Vento soprar uma coisa que se chama: ‘’calmaria’’. Sentia alguém me procurar e eu me perdia. Sentia o Diamante ofuscar e eu cegaria. Sentia o laço apertar, entretanto eu folgaria. Ah! Eu era Menino naquele tempo e não percebia... Mas uma coisa eu sempre dizia: ‘’Beijos, Blues e Poesia!’’.    
02/04/11

terça-feira, 22 de março de 2011

Crônica: O Stander-Up da Gula.
Parece brincadeira e se fosse para rir: um Stander-Up. Mas, eu perdi 12 quilos... Realmente, o homem é aquilo que come. Não é? E se em grão em grão a galinha enche o papo ‘’ou melhor’’: a pança, eis a minha dolosa parte nessa estória.
Em ‘’Seven. Sete Pecados Capitais’’ um obeso é martirizado por um Serial killer a comer até o sua morte, porque a Gula foi um dos pecados retratado no filme, a qual, a humanidade até hoje não conseguiu controlar. Menos mau! Isso significa que desde que o mundo é mundo - e bota tempos remotos- comer ou manger (a gosto do freguês!) se tornou um prazer incomensurável longe dos limites de qualquer boa degustação e isso, incluiria a minha... É lógico!
Assim, comer não é a ‘’Pedra no Meio do Caminho’’ como dizia Drummond. A bomba (neste caso, calórica) só se estoura quando você passa do limite do corpo sobre aquilo podes aguentar. Então, se comer com os olhos não engorda porque, hoje, o Brasil participa da estatística da obesidade mundial? Seria culpa da Wilza Carla em Saramandaia           (Globo ,1976) onde sua personagem, Dona Gorda, estoura no final da novela? Coitada!
Neste contexto, várias ciências mostram que a qualidade de vida do indivíduo está, degustativamente, relacionada naquilo que ele come. E aí vão alguns anos para este trocadilho dar mais certo... Por isso, honestamente responda: Você presta atenção no que come ou não dá tempo para perceber?
Calma! Tenho a resposta. Você é filho do ‘’fast food’’ e da vida frenética e por este motivo respondeu ‘’sim!’’ para a pergunta... E para piorar, trocar velhos hábitos à mesa como comer uma suculenta carne vermelha (e que os vegetarianos me desculpem!) por um prato colorido de legumes e grãos, não é tão fácil! Embora prazerosa, mas a caminhada do excesso está aquém àquilo que chamamos de nutrição saudável’’ que tanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) pede na mesa do brasileiro.
E blá, blá, blá... a parti, entendi que a qualidade de vida do ‘’Gordinho’’,  ‘’fofinho’’ e lá vai várias nomeações para o coitado, se (re)inicia quando a ‘’Vida Saudável’’ bate à sua porta! Então, o verbo comer deixa, literalmente de ter peso no estômago para ser um agregado da satisfação no ato de alimentar. Todavia, só não vale nenhum tipo de paranoia mirabolante para emagrecer, porque se reeducar é um processo como qualquer outro: doloroso e lento. Palavra de ex-gordinho!
E por falar no ‘’gordinho’’(ser tão estereotipado na sociedade), o que acontece na cabeça dele quando senti fome e igual ao desespero das ‘’Cadelas famintas’’ das fábulas de Esopo: ‘’Duas Cadelas Famintas viram duas peles de animais dentro do rio. Desesperadas uma disse para a outra: ‘’ - mas como pegá-las? – Se bebermos todo o rio, o secaremos e as peles serão nossas. Assim, fizeram... Mas de tanto beber água, explodiram bem antes de alcançar a comida’’ Viu?
A fim, aos olhos da vida contemporânea do homem moderno, filho pródigo do capitalismo e cobaia da ‘’pauleira’’ que a vida é, fica no ar ‘’ou melhor’’, na boca o gosto inebriante de (re)aprender que comer é um ato de amor, necessidade e respeito ao meu corpo... Bem longe ao exagero ou da privação de comer um prato com pizza. Até o dia que o homem possa se alimentar por Fotossíntese. Será? (risos).  
Amorim                    

sábado, 12 de março de 2011

Desgraçado

Surdo fiquei o tempo todo,
Cego ceguei o tempo todo.
O tempo todo...
Que tempo?
Hoje, o Tempo Todo
Todo está aqui!
O todo tempo, por tempos para aqui.
O tempo todo fica sempre assim.
O tempo do tempo todo,
Ou há tempos que o tempo todo
Nunca está assim:
Surdo, Cego...
Calado? Só o tempo e quem diz!
No tempo todo!
                                                                                                                                  Amorim 
O Gosto do Gozo

Eu gostaria nesse instante de vomitar minha mágoa!
Para escarrar a dor existencial.
Afogar, o inafogável!
Ser apenas um comum mortal...

Gostaria, também, de ser vegetariano para os meus instintos.
Na luta do Bem contra o Mal!
Em apertar um gatilho para o que sinto,                                                     
Mas, é algo que em partes me constrói.

E com isso, ser um estranho no meio de estranhos.
Percebido por olhos de coruja!
E ser invisível entre tantos...
Pela minha imagem que não me suja.

Eu gostaria, então, de não vomitar e nem escarrar!
De tornar-me um carnívoro e assim, louvar!
De suspirar ou renegar?
O gosto do Gozo de Gozar!    
                                                                                                            Amorim