segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

‘’Não há melhor Lugar do que o Nosso Lar!’’

Gostaria de compartilhar uma sucinta reflexão sobre uma das obras infantis mais conhecidas do mundo: ‘’O Mágico de Oz’’. Em ‘’The Wizarde of Oz’’(Warner Bros) há um nítido ensinamento poético sobre demonstração de Fé aos Jovens de bons corações, os quais encontram no seio da família o ‘’Melhor Lugar do Mundo’’.
Encenada pela eterna diva Judy Garland no papel de ‘’Dorothy’’, a obra buscou aos amantes desse gênero um resgate de pureza e a luta por conquistas de alguns valores mais inerentes na vida humana. Neste feito, Dorothy e seu fiel cãozinho Totó, trava uma incrível luta maniqueísta com a Bruxa Má no mundo de Oz, em busca do caminho que a levasse de volta para a casa da Tia Emma... Na estrada amarela, nossa heroína conhece o Espantalho, o qual queria um ‘’cérebro’’, o Homem de Lata que almejava um ‘’Coração’’ e o Leão que desejava ter ‘’coragem’’. E aí se desenrola toda uma fantástica estória...
No final de obra, todos são agraciados com seus pedidos pelo falsário Mágico de Oz e Dorothy é recompensada ao caminho de casa batendo por três vezes os sapatos dados pela Fada Boa, dizendo: ‘’-Não há melhor Lugar do que o Nosso Lar!’’
Enfim, esse filme fez parte da minha infância e anos depois pude estudá-lo com minha querida mestra em Literatura Infanto-Juvenil da UNIFAP, a Professora-Especialista Ana Paula Arruda ou só Paulinha, como eu a chamava! Saudade...

  
‘’Em um lugar, acima do arco-íris...
   Lá em cima.
   Há um lugar de que ouvi falar...
   Numa cantiga de ninar,
   o céu é azul e os sonhos que você ousa sonhar
   Se tornam realidade... ’’



Aos Cinéfilos, Especialista em Literatura, Professores em geral e Fãs de Judy Garland... Com carinho.
Amorim.
                                                                           
                                                                                             

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Crônica: Tire a Pedra do Meio do Caminho

‘’No Meio do Caminho tem uma Pedra’’ já dizia Drummond. Da catarse poética do pó-modernista uso a figura da famosa ‘’pedra’’ para expressar a dificuldade de locomoção ao ir e vir (em vias públicas), sobre as limitações de algumas pessoas. Longe da sua realidade? Então, nossa estória de inclusão começou assim...
‘’Era uma vez, uma tal sociedade que construiu um modelo homogêneo de vida social onde o indivíduo mais apto seria aquele que se incluiria naquilo que foi, culturalmente, foi padronizado ao longo do tempo... E ele, assim, viveria feliz para sempre!’’ Então, pobre da pedra de Drummond! Deslocada da margem ao meio ela se tornou (nesta paráfrase) um arquétipo às avessas de inclusão porque impossibilitou alguém de se locomover.
Isso seria a mesma experiência de um Cego sem seu cão-guia, um Surdo sem seu Intérprete da LIBRAS, uma Grávida sem seu devido amparo, um Idoso querendo atravessar a rua e por aí vai...
Então, aos pedregulhos de nossas vidas falo de Acessibilidade: termo contemporâneo que assombra a vida das pessoas em geral, porque aqui é estampado o bom e velho respeito e às condições constitucionais de estarem ao meio! Ufá! Parece óbvio, não é? Mas, na prática é bem diferente. Realmente, o mundo é cheio de ‘’Pedras’’, porém esse espaço pode ser mais adaptável se você ligado (a) na palavra ACESSIBILIDADE: capacidade de tornar a sociedade acessível fazendo assim, com que todos sintam a vida com segurança e autonomia diante das pedras impostas pelo universo. Será? Só que a sociedade não pode esquecer que todos são diferentes e com isso, possuem limitações distintas.
Enfim, nunca se esqueça: mesmo ‘’limitado’’ no mundo (ou não!), nem sempre uma simples pedra seria um entrave em sua vida, porque estar ao meio é algo, relativamente, associado-também- a resiliência exercida por você. Pois aqui se aprende que ‘’Estar ao Meio’’ é uma linha tênue entre querer apertar um botão ou apertá-lo com vontade! Atitude essa que sutilmente a pedra do poeta jamais poderia sentir. Pobre coitada!    

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

     Crônica: ‘’ Teu jeito Tucujus de Ser’’

Ela é babado! Sai da meio que ela vai passar! Pense numa mulher pra frente e que às vezes nem se aguenta dentro de si. Tá com fome? Vai trabalhar ,meu irmão, a vida não é fácil! Por isso, é um salto daqui uma Mary Kay da li e no Inglês ou no Português que a Mulher arrepia com qualquer um que a diga que não será feliz... Ei! E aqui não tempo ruim. Ela levanta cedo, pega a Passarinha leva pra escola, se esgoela na Aprendizagem, fala um ‘’hello’’, dirige um carrão, assovia no escuro, volta pra escola, retoca a maquiagem, fala meia dúzia de expressões que só ela sabe dizer e ainda conta estórias do Flaite.
Quando se empina é uma graça. Hum! Sai de perto que a Mulher já azedou! Ela é capaz de quebrar o primeiro óculos da Dior que encontrar pela frente... Em compensação, quando rir contagia-te com uma rajada gostosa da mais pura gargalhada que nunca ouvira na sua frente. É responsável, não para em casa, chama a Deusa e a Passarinha? Ufá! Aí recomeça o dia... Para ela, dedico um trecho de uma música amapaense que fala de fé e benções: ‘’Ao raiar o dia, vinha a Romaria. Ao raiar em festa, era noite e dia! Meu São José da Beira Mar, protegei meu Macapá (...)’’ e assim, desejo que o nosso São José de Macapá abençoe a vida desta guerreira amapaense e que ele a dê o orgulho  a este ‘’Jeito Tucujú de Ser’’, mas com muitas realizações na ilharga deste ano. E ‘’Tien Salopé’’ para os invejosos! (risos). 
              À Mulher Maravilha integrante do Quarteto Fantástico.
                        Em: 17/02/11    

Respeito

Crônica: ‘’Um Suspiro de Respeito’’
Essa crônica começa falando sobre o desrespeito dentro da Rede Pública Hospitalar aos enfermos brasileiros que ficam ‘’jogados’’ no chão dos corredores à espera de uma assistência urgente e digna de Seres Humanos.           
À priori, parece algo repetitivo aos registros de nossos textos ao falarem e reclamarem da saúde pública no nosso país, mas na verdade essa situação só ganha corpo de ‘’ realidade’’ em cada suspiro de dor e desespero que adentram em um hospital. Dessa vez, escrevo (mais do que nunca) essa crônica em primeira pessoa do singular, porque o meu ‘’EU’’ sentiu necessidade visceral de gritar: ‘’ Socorro! Alguém me ajude, por favor!’’, pela necessidade desse saneamento tão precário, entretanto, tão primordial à vida.
Hospital! Quem nunca precisou dele? E se for particular melhor ainda. Mas, no meu caso ‘’ou melhor’’ no caso da Morena recorri ao público. Isso mesmo! Pronto Socorro! Aquele, no qual, chega um enfermo em 10 em 10 minutos... E nesses, uma agonia ao ver essas pessoas que de tão desgarradas na vida, ficam horas (mas isso não é hipérbole!) esperando um enfermeiro trazer uma singela máscara de oxigênio e à mercê da salubridade.
Bom, para você se situar nesse texto vou explicar alguns detalhes: o Professor é filho da Morena, os quais foram ajudados por uma Diva! Eh, leitor, apareceu uma em minha vida e com ela todo o Glamour de uma pessoa que possui um brilho especial. Ah! E tem outro detalhe: a Diva é mãe do meu irmão!(risos).
Já a Morena, por maravilha do universo  veio (nesta vida) como a figura da minha ‘’Mãe’’! Mãe-amiga, mãe-confidente, mãe-companheira, mãe-torcedora, mãe-babadeira... Ela sofre de um mal que não desejo nem para a Mãe do Capeta: Diabetes! E se esse texto fosse uma fábula o final seria assim: ‘’... E no final, a Formiguinha morreu de tanto comer açúcar!’’ A Diabetes é uma doença progressiva relacionada ao descontrole de açúcar no sangue por causa do chato do Pâncreas. E nisso é travado uma briga delicada para manter a bendita glicose controlada. Ufá!
Agora, gostaria de falar sobre o Médico.  Mas antes de descer o ‘’cassete ‘’ nele (desculpa a expressão) gostaria de dizer que seja abençoada esta profissão tão necessária à sociedade! Bom, elogios a parti, aos cavalos os quais, passaram durante a internação da Morena, os meus devidos coices em seus jalecos branquinhos e o desejo que um dia encontrem a humildade no haras que nunca deveriam ter saído!
Outro ponto é que o funcionalismo do Hospital Público não funciona e esse trocadilho na minha cabeça só teve mais certeza quando vivi na loucura do Pronto Socorro! Tudo falta, amigo leitor e isso você sabe! Do medicamento ao Socorrista. E a sensação que dá é que aqui dentro Deus não olha para esse povo doente jogado às baratas...
Enfim, talvez essa crônica fosse uma das poucas que me permiti escrever na íntegra em primeira pessoa do singular. E uma das poucas, talvez a única, a qual, meu coração deseja retornar para a casa de mão dada com a minha mãe saudável e falante como sempre... Afinal, Dorothy em ‘’O Mágico de Oz’’ dizia batendo seus sapatinhos: ‘’- Não há melhor lugar do que o nosso lar!’’ Fica no ar às minhas orações a todos os enfermos desse país e um ‘’Suspiro de Respeito’’ para que os nossos governantes possam desenvolver a população algo que na forma da lei é um princípio vital ao homem: a Saúde!
Aos Anjos de Rafael.
Em: 01/11/10 às 00h35min. Leito 04.      

Kiki, uma Bill Cult

Kiki, uma Bill Cult
Kiki não é dessas bichinhas Uo que você ver por aí. Na verdade, foi Carlos Henrique até os 17 aninhos e bastou a maior idade para o seu alter ego aflorar para Kiki Limoges. A gata é fina, Cult e a- do- ra estudar variadas Literaturas.
Se vesti bem e é fashion até debaixo da tempestade! Tá, meu bem! Ler Drummond, usa Dior e Louis Vuitton, chora ao ver:  ‘’ Sob ao Sol de Toscana’’, é fã da Nana Caime  e não dormir antes de rebocar a cara de Lâncome. Seus pais a amam do jeitinho como é... E a gatona e rodeada de fieis amigos do variado gosto: Heteros, Bills, Travas, Tildes, Fag Hags e Indecisos. E para rir nesta estória, seu ex-affair a trocou pela primeira Perereca a viu pela frente e a bonita ficou sozinha até agora. Aguénda!
Mas, Kiki é babadeira! Além de inteligente, tem um humor maravilhoso e  por isso, não gosta das Bills que fazem ‘’carão’’ na balada e daquelas que não tem um agué no bolsa e ‘’Serse’’ a noite toda.  Ahã! Ela não frequenta sauna, foge do ‘’Boa noite, Cinderela!’’, não usa bala, não fala palavrão, não curti as Barbies e muito menos os Boys trucados. A Looca!
Com tudo, Kiki e muitas outras Bills do mundo sofrem de uma grande ferida social pior que a Elza: a Homofobia! Então, chuta que é Ebó! Preconceituar, excluir, subestimar ou agredir uma pessoa só porque ela gosta do mesmo sexo e o fim da picada (no bom sentido!) em pelo século 21. Ra, Ra, Ra!
Então, para compensar e ensinar, Kiki tem um grupo de apoio GLBT onde ela reúne pessoas sofridas com variadas estórias de vida e que, entre outros assuntos, discutem a forma mais passiva opá, pacífica de lidar com o preconceito e por quê não dizer: ‘’Sair do Armário com o Mário’’.
Por isso Kiki é Cult e de bichinha não tem nada. É uma linda jovem-feliz e purpurinada, a qual, ver o Ser Humano pela alma, pelas qualidades, pelo caráter... Até ser corrompida pelo primeiro La Bouttin que passar pela sua frente em um pé de uma Mapô! Risos!
Esta pequena crônica inspira você a olhar para todos os lados e perceber que a vida se apresenta em diferentes caminhos, onde cada um escolhe o seu! Experimente! Kiki é uma simbólica personagem do ‘’Mundo G’’ não estereotipada, para mostrar que todos podem ser ‘’Felizes’’ do jeito como bem entender! Ela voltará, aguardem! Viva a Liberdade Sexual e abaixo a Homofobia!
Em: 19/02/11
         Amorim.       
     
       

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Crônica: '' Um dia de fúria na sala de Harvard''

             Um dia de fúria na Sala de Harvard
Era quase 6 da tarde quando ele adentrara na sala dos mestres. Ao abrir a porta, Sebastian viu com bons olhos o ‘’Inferno de Dante’’ em forma de caos... O local estava -deverasmente- limpo. Ele reconheceu! Porém, bem distante daquilo que chamamos de coerência de espaço, fluxograma, bom-senso, inteligência espacial e lá vai milhares palavras para se resumir em uma só expressão: ‘’sacaniaram com 5Ss da administração japonesa!’’, aquela criada na década de 60 onde visava à qualidade organizacional do local de trabalho para o bem-comum. Eu disse ‘’Bem-comum’’!
 Por isso, caro leitor, sabes aquela velha ideia que cada Macaco deve permanecer no seu galho? Pois bem, esqueceram-se disso! Bem como, não pensaram nas tomadas elétricas, as quais (com a mudança) ficaram quilômetros de distância da mesa (e exagero a parti!) ao melhor ponto estratégico da sala dos ‘’teaches’’. Haja paciência! E quando Sebastian viu tudo isso, misturado com resto de ‘’saco’’ que o sobrava naquela tarde chuvosa, nem a última prega-calma!- das cordas vocais do cara ficou no lugar, alvará o kaiake da Natura!
Pois bem, com isso o Jovem-Professor resolveu voltar tudo para o seu devido lugar, mas de esperto ligou de bom grado para a equipe causadora da muvuca, a qual nem se quer deu o trabalho de atender ao telefone. Determinado e acreditando, na solidariedade de um nobre amigo ele pediu ajuda para o Juvenil-Mestre, o qual, de tão ocupado respondeu um sonoro: ‘’Nãooo!’’ à Sebastian, porque não podia abandonar os Balões muito menos as Crianças! Pausa dramática!
                      Então, não esmorecido ele vestiu a camisa de macho (mas logo a tirou!) e na braba ou como dizia a vovó: ‘’no cuspi!’’ mudou a mesa, as cadeiras, os sofás, os armários, os balões e as crianças do lugar... Ufá! E assim, tudo ou quase tudo voltou para sua devida ordem e harmonia; até aparecer a Margarida chata e inconveniente como sempre e que, às vezes, nem ele ópa , nem ela se aguenta com sua bocarra mais do que enorme e meia dose de piadas sem graça típicas de Stand Up Comedy iniciantes... Ha, ha, ha!   
                   E no final da festa ‘’ou melhor’’ da arrumação, pairou no ar o gostinho de alívio e ao Caboco que estava banhado de kaiake ficou o cheirinho pobre do suor na testa. Aos amantes do Show de Humor, o meu devido sorriso e à Margarida um romântico jantar à luz- de- velas com o Cacura-Box na esperança que ambos encontrem o verdadeiro sentido de uma piada jocosa e às pilhas de Caixas-Sanfonadas, o desejo que um dia a Silvinha resolva reaproveitá-las em um de seus cursos ecologicamente corretos, tirando-as do canto da Sala dos Professores de Harvard, afinal digo e repito: ‘’ uns são felizes vendendo banana e outros empurrando sofás!’’     
Amorim.

Nossa querida Chuva.

''Chove lá fora e aqui, faz tanto frio. Me dá vontade de saber: aonde está você ? Me telefona! Me chama, me chama , me chama (...)'' De um pingo ao outro se faz um boa chuva e dessa lavagem à lixiviação. Em alguns lugares, ela frutifica e outros, destrói e mata. Pois bem, é da chuva ou mais propriamente, da música do Lobão (Me chama) que estou me referindo nesta postagem e com isso, as minhas lembranças pueris na casa da vovó... do banho na chuva que só minha madrinha autorizava e do café-com-leite que a vovó fazia para os netos às 16hs. Bons tempos! Tempos estes que ao frio da chuva eu me enrolava com edredom no quarto da titia para esperar a chuva passar. E de quebra, a sopa bem quentinha que a mamãe fazia para aquecer no início da noite garoante... O cheiro inconfundível da minha mãe e o bolo de laranja da titia antes de dormir. Hum!''             

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ao meu irmão...

...nossos olhares continuam os mesmos há anos! Entra e sai Primaveras e a sintonia é mesma... Em Star Dust há uma passagem no roteiro que diz que os amores já estão escritos ''nas estrelas'' e assim, são os irmãos! E não importa os laços, os rumores ou a distância entre eles... E que é necessário? O AMOR : o  mais puro e verdadeiro! São cheiros do Black Black, o gosto da pizza Babado Novo, a beleza de Fronhas finíssimas paraenses e um Guá visseral nos ouvidos da ratataia, incomodados com nossa irmandade! Amo-te!       

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Todos juntos e de mãos dadas.

Gostaria de compartilhar um fragmento de uma poesia de Drummond, a qual, expressa o poder da união entre as pessoas... '' O presente é grande/ não nos afastemos/ não nos afastemos muito/ iremos de mãos dadas (...)'' Dedico aos amantes da Literatura e aos adoradores da nossa querida e tão famigerada Língua Portuguesa. Oferece também, aos fãs enlouquecidos e embebecidos de Drummond... Luz!    

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O pão de cada dia.

Crônica: Meu adorável Livro.
Era tarde chuvosa quando ele apareceu... De vasta simbologia, o personagem central desta crônica (ao longo do tempo) representou a Lei Divina da inteligência humana com todos os elementos constituintes do Universo, todos os mistérios envoltos à criação e o destino do homem, a religiosidade, a dominação de povos e a destruição de várias nações e tudo, registrados por palavras em um ‘’Livro’’.
Em: ’’O Livro de Eli’’ com Denzel Washington, uma Bíblia escrita em Braille era o infortúnio à guerra de um povo sem fé em um mundo árido pela escassez dos recursos naturais e por um sol devastador. No filme: ‘’ A História sem Fim’’ as peripécias e desventuras do jovem Atreyu para salvar Fantasia eram manipuladas pela leitura de um livro nas mãos de Bastian em mundo paralelo. Em várias obras Infanto-Juvenil, à exemplo, ele era instrumento de malévolas Bruxas , as quais, desejavam (como um senso-comum) a jovialidade e o poder eterno... E por falar em poder, São Cipriano praticamente criou o ‘’Livro das Trevas’’, no qual, continha suas orações e pactos com O Coisa Ruim mais conhecido do mundo: ‘’ O Livro da Capa Preta’’.
E assim, se fez nossa estória. A diferença que nossa heroína (e que heroína não tem nada) não tem uma Bíblia em Braille, mal conta historinha infantil e desconhece o temido São Cipriano. Porém, com coração nobre e cheio de vontade de cozinhar para os outros, ela tem um livro (outrora caderno) com folhas amarelas que só o tempo se encarregou de cuidá-las à mercê de secretíssimas receitas culinárias passadas de geração em geração ‘’ou melhor’’ de avó à neta para guloso nenhum botar defeito!
Por isso, para qualquer cozinheiro seu Livro de Receitas foi, é e será um companheiro atemporal de trabalho e sabendo disso, nossa heroína pega tudo e mistura com azeite, dendê e muito cheiro verde. Hum!
Enfim, mesmo não estudando em Harvard, mas em mãos um livro com folhas amarelas, nosso personagem torna nossas mesas mais suculentas, nossa heroína mais sábia, nossas sacolas mais cheias de biscoitos, nossos lares mais repletos de alegria e nossos amores mais empanturrados de comida. Afinal, uns são felizes vendendo banana e outros, comida. E viva o bom e velho Risoto da sala 08.
                                                                                                     Amorim. Em: 31/01/11.